Data: 14-08-2012
Criterio: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)
Avaliador: Diogo Marcilio Judice
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Banisteriopsis basifixa ocorre de forma fragmentada em Floresta Ombrófila Densa nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Tem EOO de 6.689,24 km² e está sujeita a menos de 10 situações de ameaças. A espécie é representada por coleções antigas das regiões serranas dos dois Estados. Suspeita-se que algumas subpopulações da espécie tenham se extinguido por ocorrerem em áreas que hoje estão urbanizadas. Estima-se que a espécie ainda enfrente um declínio contínuo em sua extensão de ocorrência, área de ocupação e qualidade do hábitat, principalmente por ocorrer em ambientes antropizados. B. basifixa foi categorizada como "Vulnerável" (VU).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Banisteriopsis basifixa B.Gates;
Família: Malpighiaceae
Esta espécie é estreitamente relacionada a Banisteriopsis scutellata, da qual sedistingui pelo seu tronco pubescente com tricomas basifixos, seus pedicelos glabros, base da folha fortemente cordada, e os frutos com asa menor e mais ampla. As duas espécies parecem ser simpátricas em suas distribuições. O nome dado a espécie refere-se aos tricomas basifixos nas hastes (Gates, 1982).
A espécie ocorre no bioma Mata Atlântica, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Mamede, 2010). De acordo com Amorim (com. pess.), a espécie não ocorre no Estado de Minas Gerais.
Espécie coletada em flores de março a maio e em julho, e em frutos em junho (Gates, 1982). O fruto na maioria das espécies de Banisteriopsis consiste em três samaras que se separaram na maturidade. Cada samara dispõe de uma asa dorsal bem desenvolvida, que é engrossada ao longo de sua margem superior (Gates, 1982).De acordo com Amorim (com. pess.) as espécies do gênero Banisteriopsis são lianescentes de floresta, que necessitam de ambiente florestado para manter suas populações sadias. São altamente dependentes de florestas.
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade
medium
Detalhes
Os remanescente de no Estado do Rio de Janeiro, correspondem a 18,38% da área original do bioma no Estado (SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Em Perigo" (EN) na Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
- STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p.
- AMORIM, A.M.A. Comunicação do especialista André Márcio Araújo Amorim , do herbário CEPEC, Bahia, para o analista Diogo Judice, pesquisador do CNCFlora., 2012.
- GATES, B. Banisteriopsis, Diplopterys (Malpighiaceae). Flora Neotropica, v. 30, p. 1-237, 1982.
- MAMEDE, M. C. H. Banisteriopsis in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB008805>. Acesso em: 10 de Agosto de 2011.
- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2008-2010. 2011. 122 p.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
CNCFlora. Banisteriopsis basifixa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Banisteriopsis basifixa
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 14/08/2012 - 17:38:37